Dia Internacional da Dança desperta para benefícios da atividade na vida pessoal

O Dia Internacional da Dança, comemorado dia 29 de abril, faz o valinhense lembrar dos corredores do Centro Cultural Vicente Musselli, onde aconteciam as aulas de várias modalidades, antes da pandemia. Também remete às competições que os grupos participavam e que, por vezes, elevaram o nome da cidade com os troféus, medalhas e o próprio orgulho da conquista. Mas a dança é muito mais que passos leves, cadenciados e holofotes. A atividade desenvolve coordenação corporal, organização, trabalho em equipe e reconhecimento emocional de si e do outro, propondo um amadurecimento saudável.

Valinhos possui vários profissionais de danças e seus estilos, além de uma legião de pessoas de diversas faixas etárias que fazem aulas e alguns se tornam profissionais. “O valinhense já nasce cultural. A arte é muito presente, é algo natural na cidade. Aqui toda criança ou adolescente já se envolveu de alguma forma com a arte”, inicia a professora de ballet clássico do Centro Cultural, Denise Arruda. Denise é aquela profissional que vive a arte, especificamente a dança, 24 horas por dia.

Além das aulas de ballet no Centro Cultural, ela dá aula de Artes nas EMEBs Luiz Antoniazzi, no Santo Antônio, e Vice-Prefeito Antonio Mamoni, no Jardim Figueiras, para alunos do 6º ao 9º anos. Para ela, o fato do valinhense respirar artes, faz com que a cidade tenha identidade própria perante às demais cidades. “As tradições aqui sempre foram muito fortes, como a Festa do Folclore e a Festa do Figo. Sempre estiveram ligadas às artes, especialmente a dança”, explica ela, que é formada pela Unicamp em Dança e que chegou na cidade em 1993 para ensinar Danças Brasileiras.

Segundo ela, a dança permite vários olhares sobre seus benefícios. “A dança faz parte da existência humana. Ela trabalha com as emoções mais íntimas”, explica. Desta forma, dançar é um momento de expressividade, disponibilizando e despertando as emoções, tanto em quem dança como quem assiste. Em sua opinião, dançar é um momento único. “Desperta as fantasias, as emoções, o protagonismo”, resume.

Além das emoções, a dança permite ainda cuidar do aspecto físico. “Na passagem entre ser criança e adolescente, há aquele momento em que se perde a noção corporal. Criança que faz dança não esbarra muito nas coisas”, exemplifica, lembrando que ocorre o estímulo hormonal, bem-estar psicológico, movimentação mais harmônica entre outros.

A bailarina e professora de dança percebe também uma diferença comportamental em alunos de dança, que transpõe aos palcos. “São pessoas que aprendem organização, disciplina, trabalho em equipe e responsabilidade. Porque tudo isto faz parte do universo da dança”, explica. Para que um espetáculo de dança seja perfeito é necessário que os bailarinos/alunos cooperem entre si e aprendam com perfeição cada passo para que o conjunto seja harmônico.

Em tempos de pandemia, a dança permitiu extrapolar emoções represadas, inclusive em artistas que se viram privados de levar sua arte “onde o povo está” e, consequentemente, interferiu em sua vida financeira. “Muitos bailarinos, em lives, trouxeram a dança como forma de amenizar o desgaste emocional das pessoas, mas também expuseram suas próprias tristezas”, finaliza Denise.

Dia Internacional da Dança comemorado em 29 de abril.

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